sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olá पेद्रो,

Olá Pedro,
Eu li o blog da professora, e respeito a posição dela. Ela tem o direito de pensar assim. Uma paulistana, formada em Direito. Doutora. Não é fácil para uma pessoa como ela ter um presidente nordestino e que não possui curso superior. Ela que tem proficiência em inglês. Morou nos Estados Unidos e ter um nordestino como presidente?
Títulos pra muita gente faz muita diferença, sobretudo, em um país onde apenas 9% da população concluiu o ensino superior. Principalmente, para uma pessoa, que pode como muitos outros paulistanos, pensar em nordestinos como uma sub-raça e como a vergonha do país. Mas, de onde saiu um homem corajoso, inteligente e que não baixou a cabeça, nem encolheu os ombros ou gaguejou diante de sulistas, americanos e/ou europeus.
Sabe, porque foi assim que nós, nordestinos, fomos educados, educados para encolher e recolher-se diante dos “lá de baixo” ou dos “lá de fora”.
Ela votou no PT por que não acreditava que ele chegaria ao poder.
Um nordestino, que expandiu as universidades brasileiras, criou campus, escolas federais técnicas, concursos para professores, o REUNI. Pobres e negros com direito à universidade? E Lula exibe sua falta de estudo como troféu?
Ela diz que o país não sofreu com a crise mundial por conta dos empregos informais, por que vivemos de informalidade, que é isso?
A popularidade de Lula é reconhecida e notória, mas não por que ele deu "esmolas aos coitados",expressão da professora, mas pela importância que ele deu, em seu governo, às questões sociais.
Com todo respeito
Graça Barros

Um comentário:

ALFRAPOEMAS disse...

Bravíssima, profª Graça! Há tempos não víamos mais uma postagem na sua lavra, todavia, valeu pela espera! Quem sabe, sabe! Nota-se que a Professora, assim como sabe jogar flores sabe atirar dardos. E isso cabe muito bem em oportunidades aonde não mais conseguimos virar a outra face para recebermos o mesmo "tapa".
Parabéns mesmo! Que brilhante defesa!

Alfrânio.