segunda-feira, 23 de julho de 2007

terça-feira, 10 de julho de 2007

Neste São João tem arrasta-pé...

Este São João em Campina Grande foi um dos melhores. Muitos turistas, muito movimento, muita gente bonita, muitas vendas. Portanto, um Sucesso. Eu, claro, me diverti muito, mesmo tendo comparecido ao Parque do Povo, ou Sítio São João, ou Açude Novo algumas vezes. Mas me encantei com tanta gente se divertindo.
Todavia, dois dias me chamaram a atenção, neste São João, o dia do show de Flávio José e Alcymar Monteiro e o último dia (este, eu não fui, só fiquei sabendo), com o show da banda Calcinha Preta. Flávio José com sua sanfona, acompanhada da zabumba, pandeiro, triângulo e outros instrumentos, cantou o amor tendo a lua malandrinha observando meu cenário de amor, cantou a vida com tareco e mariola, cantou a mulher saudade já tem nome de mulher só pra fazer do homem o que bem quer...
Alcymar Monteiro, não menos acompanhado, cantou nossa gente ver os pegá de boi/Andar nas vaquejada/Dormir ao som do chocalho/E acordar com as passarada/Sem rádio e sem notícia/Das terra civilizada. Alcymar, ainda cantou o amor Ela nem olhou pra mim, ela nem olhou pra mim/ Quando fui na euforia coração de alegria/ gritou mais que um bandolim/ chegou feito uma princesa coroada de beleza/ e nem se quer olhou pra mim.
Já Calcinha Preta cantou, pelo seu próprio repertório, sua própria banda É da Calcinha que eu gosto/ Carrego no coração/ Inverno ou verão estou esperando você/ É da Calcinha que eu gosto. Cantou também a juventude Eu me amo demais/eu não perco um forrozão/eu adoro vaquejada/vivo a vida com emoção/o meu bolso é minha guia/ a bebida é a razão/ sou um cara apaixonado/por mulher e boi no chão. Por último, Calcinha Preta canta o amor, dentre tantas composições que falam do amor, Eu vou fazer um leilão/quem dá mais pelo meu coração?/ estou a beira da loucura/ninguém mais me segura/estou fora da sua vida/ eu já fui...

Comparar esses shows, não posso, mas posso questionar a qualidade da musicalidade e das composições apresentados nestes shows. Enquanto Flávio José e Alcymar Monteiro cantam nossos costumes, vivências, convivências, relações, amores, dizendo letras trabalhadas, no mínimo primando pela originalidade.Calcinha Preta como Cavaleiros do Forró, Limão com Mel, Saia Redonda e tantas outras cantam a mesma coisa, ou qualquer coisa, basta botar dançarinos semi-nus e dizer que o "Amor é lindo!"
Se estou parecendo preconceituosa, eu sinto muito. Mas estou cansada dessa cultura descartável, massificada. Não sabemos mais quem somos ou o que somos. Fico pensando: o que as futuras gerações vão pensar, ou mesmo, vão dizer desta? Talvez, esperar que jovens de outras regiões como os da banda Fala Mansa não deixem morrer a nossa cultura.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Sugestão de leituras

Pessoal, segue abaixo sugestão de leitura para quem gosta da área lingüística. aproveitem!


Antunes, Irandé Costa. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo, Parábola, 2005. (Na Ponta da Língua, 13)

Antunes, Irandé. Aula de português; encontro & interação. São Paulo, Parábola, 2003. (Série Aula, 1)

Batista, Antônio Augusto Gomes. Aula de português; discurso e saberes escolares. São Paulo, Martins Fontes, 1997.

Bortoni-Ricardo, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo, Parábola, 2004. (Lingua[gem], 4)

Bortoni-Ricardo, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística e educação. São Paulo, Parábola, 2005. (Lingua[gem], 11)

Britto, Luiz Percival Leme. A sombra do caos; ensino de língua X tradição gramatical. Campinas, Associação de Leitura do Brasil (ALB)/Mercado de Letras, 1997. (Leituras no Brasil)

Bronckart, Jean-Paul. Atividades de linguagem, textos e discursos; por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo, Educ, 1999.